sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O Olho do Diabo (Djävulens öga), de Ingmar Bergman, 1960

Ontem eu estava dando uma olhada no meu idoso blog no Tumblr: lisys.tumblr.com e logo coloquei o /archive no final do link para acessar os meus primeiros posts no final de 2009. Fazendo isso, me deparei com uma texto bem pequeno em sueco com uma foto de um filme antigo que logo que olhei sorri, aí pensei, eu preciso escrever sobre isso!

Logo que conheci Ingmar Bergman, me apaixonei. E claro, comecei assistindo "O Sétimo Selo" e "Persona", os clássicos. Não demorou muito para eu procurar outros filmes e, inevitavelmente, me deparei com uma comédia dele chamada "O Olho do Diabo". Confesso que fiquei espantada, estava acostumada a assistir seus dramas, filmes reflexivos, questionadores da existência e, de repente, dou de cara com uma comédia, fiquei empolgadíssima, Bergman fazendo comédia? Só pode ser coisa boa.



A última vez que assisti esse filme foi em 2009, é claro que eu achei o filme FANTÁSTICO, assisti-o duas vezes e acabei fazendo um trabalho sobre ele na faculdade de Letras que eu cursava na época.
Afinal de contas, do que se trata esse filme? A premissa do filme é um provérbio irlandês: 

"A castidade de uma jovem é um terçol
no olho do diabo."


A partir daí, nos é comunicado que o inferno está muito agitado por conta de um terçol no olho do diabo e que esse mal é causado por causa da virgindade de uma jovem prestes a se casar. Não muito feliz com isso, o diabo aposta suas fichas em Don Juan e envia-o à Terra para seduzir a jovem e impedi-la de casar-se.



É especialmente gostoso acompanhar as investidas de Don Juan, suas táticas e como o feitiço vira contra o feiticeiro! Temos ainda o prazer de assistir o romance de seu fiel escudeiro, Pablo, com a esposa do Pastor e os esforços de um demônio que o perturba e acaba preso num armário. E isso é só um pouco do que acontece no filme, por isso indico e convido vocês a assistirem essa comédia refinada do mestre Ingmar Bergman.



Aqui no Brasil, a Versátil Home Video é a responsável pela distribuição dos filmes de Bergman, assim como outros muitos filmes europeus, clássicos, cults, enfim, coisas realmente muito boas e raras no Brasil. Gostaria de destacar também o design das capas e menus que são muito bonitos e a qualidade das imagens e das legendas.  

É com humor e diálogos apurados e uma fotografia realmente linda que o diretor sueco, mais uma vez, encanta o público e conta uma ótima história (particularmente, acho a premissa do filme fantástica, uma sacada de mestre mesmo!) que, assim como seus dramas, nos faz pensar, refletir, ir um pouco mais além, nos emocionar e melhor ainda: nos faz, além de rir, SORRIR.

Lisys D.

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